NOITE DE VERÃO



Noite de Verão
Marise Ribeiro

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A tarde agoniza, a solidão se aproxima...
Envolta em sons de um bolero magoado,
Espalha, nas paredes do quarto abafado,
A melodia da carência de estima...


Lá fora, sombras se agrupam nos cantos...
Em mim, a dor... - sempre ela -,
Se aninhando em meus recantos,
Espremendo o peito, remexendo lembranças,
Arrancando prantos...


Quisera exorcizar os amanhãs, quisera!...
Pudesse eu, nesta noite de verão,
Esfriar a saudade e, sem receio,
Florescer-me em dias de primavera...


Mas já nem ouso sonhar...
O sofrer tranca o depois,
Enfraquece a ânsia pela alvorada
E me suga o desejo de regar nós dois...
 

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