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Mostrando postagens de julho, 2010

O AMOR

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez O AMOR Lucas Lira Quem é ele? Onde ele está? Ele não tem forma, Nem tem padrão... Onde ele está escondido então? Deixe-me vê-lo por um segundo, Para eu poder ser Maior que o mundo; Se eu for, Se eu tiver todo o universo, Mas não tiver você, Quem eu serei? Ninguém. Onde eu estarei? Estarei aqui E em nenhum lugar também. Quanto mais me atrevo a chegar perto dele, Menos o entendo. E aí me pergunto Me pergunto por que ainda tento? Me pergunto por que não me contento? Me pergunto por que quero viver? E o porquê vos lhes digo: Eu simplesmente quero viver, Porque eu adoro morrer. Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

SUAVE AMOR

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SUAVE AMOR Aparecido Donizetti Hernandez L evemente instalastes nos rumos da vida, I nstantaneamente como a L ua que surge quando o Sol se põe. I mpulsivamente como acontece o A mor, em um segundo como o vento leva às N uvens. R uidosamente como o vendaval, você me E nloquece, tirando de mim os G emidos da minha I ntranquila dor, levando-me a N avegar nas Á guas tranquilas do amor... A mor de tranquilo ardor,onde N avego D iuturnamente meus sonhos R udes de angústias de nosso A mor. D ilacerando o meu coração, mantendo a E sperança de viver sem dor.

JEITO DE MATO

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JEITO DE MATO Composição: Paula Fernandes De onde é que vem esses olhos tão tristes? Vem da campina onde o sol se deita. Do regalo de terra que teu dorso ajeita. E dorme serena, no sereno e sonha. De onde é que salta essa voz tão risonha? Da chuva que teima, mas o céu rejeita. Do mato, do medo, da perda tristonha. Mas, que o sol resgata, arde e deleita. Há uma estrada de pedra que passa na fazenda. É teu destino, a tua senda onde nascem tuas canções. As tempestades do tempo que marcam tua história, Fogo que queima na memória e acende os corações. Sim, dos teus pés na terra nascem flores. A tua voz macia aplaca as dores E espalha cores vivas pelo ar. Sim, dos teus olhos saem cachoeiras. Sete lagoas, mel e brincadeiras. Espumas, ondas, águas do teu mar...

HARMONIA

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Harmonia Delasnieve Daspet Entre as nuvens espalhadas pelo tempo Pequenas estrelas salpicam o firmamento... Chega a noite. Descerro o véu da memória, Já não recordo as mágoas, Contemplo a harmonia do dia Cheio de sol. Ao longe – o firmamento se junta ao cerrado, O céu nas cores infinitas do crepúsculo, Se une a verdura de nossas matas. Ipês floridos, Mesclam de suave tonalidade, A paisagem recortada no horizonte, Pelos traços da natureza. Aqui, encontro a plenitude! Nos campos cultivados, Nos chapéus de palha, Nos odores, No peão de pele crestada, Do gado pastando, O bambu choroso a cada carícia do vento... Aqui, é o reino da paz! Os pássaros melodiosos, em sinfonia, Calam em meu ser. Circula em minhas veias, Irmanados aos ventos, às águas, ao sol, aos animais, Um cântico de graças ao Criador! DD_Campo Grande-MS 9.02.10

DESTINO

Destino Delasnieve Daspet . Não conhecemos o destino, Mas é forçoso termos um Destino qualquer. . Tudo que nasce, Que existe, que vive, funciona, Morre e renasce para a harmonia do universo. . Tudo se transforma... Parecem morrer a fim de renascer. . Amanhã já não seremos, Nada, além de uma palavra Que ninguém pronunciará... . Gosto ocre de se sentir só, Perene solidão! DD_Campo Grande-MS, 06.07.2010.

BOM DIA, SOLIDÃO!

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Bom Dia, Solidão! Delasnieve Daspet Estou só por opção. Prefiro uma vida com mais liberdade, Sem cobranças, Amar quem saiba amar. Que adianta um marido Um namorado, Se na essência estamos desacompanhadas? A solidão bem resolvida É o caminho de ser feliz. Tempo de se encontrar, Fazer o que se gosta, Quando se quer, Eis que na verdade Estar só não é solitário! Uma companhia só para se ter companhia? Melhor mesmo e ficar a sós, Não é dificil entender-se! Gosto de amar e de ser amada, De andar de mãos dadas, De abraçar e ser abraçada, De mimar e ser mimada, Mas sem patologia, sem estigmas, Gosto de estar comigo, Não me restrinjo! Não sacrifico mais O meu recolhimento, Gosto de mergulhar-me - bem a fundo - E me ver sem máscaras, Sem neón, Sem perfume! Não me arrisco mais: Olho-me! Assim, as minhas tristezas, As verdades estabelecidas, As minhas dúvidas, Ficam em equilíbrio... E posso afirmar-me: Bom dia, solidão! DD_31-12-2001 - Campo Grande MS

BALÉ DA MORTE

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BALÉ DA MORTE Aparecido Donizetti Hernandez Ensandecido pelo sofrimento Lá vem o Touro... Cifres ponteagudos, porte esbelto. Lá vem o toureiro com suas vestes agarradas ao corpor, Postura erecta e com movimentos suaves Sacode sua capa vermelha ao vento... Com a capa e seus movimentos de corpo, o toureiro dança seu balé... O balé da morte e do sofrimento!

SOMOS MESMO HUMANOS?

SOMOS MESMO HUMANOS? ROBERTO ROMANELLI MAIA ESCRITOR,JORNALISTA E POETA A cozinha parecia um deserto sem nada que lembrasse comida. Nada que pudesse encher um prato. Nada que aliviasse a fome daqueles que lá fora esperavam. Aguardavam por algo que não existia em sua casa. Que custaria novamente a chegar. Pobreza e miséria à vista para todos que a quisessem ver e sentir. Realidade de um mundo onde bilhões de seres nada têm sequer para comer. Em seu prato, apenas lágrimas de sangue e nada mais. Sim, que mundo é esse que permite crianças, jovens e idosos morrerem de inanição? Por ausência, omissão ou indiferença daqueles que tudo podem, tudo querem e tudo possuem. A fome presente, tendo diante de si um prato vazio, sem um simples pão. Até mesmo a presença de moscas que sabem: nada vão obter nessa mesa vazia. E até os ratos fogem de tanta pobreza e miséria. Mas finalmente, eles, os excluídos de tudo, chegam e entram em casa. Olhando para os lados e para o nada que se apresenta diante deles

AMIGOS

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Amigos, as flores encantam !!! Amo flores e tenho em casa . Não tenho um jardim, mas pequenos vasos que cuido com carinho ! Que nossos caminhos sejam perfumados como se estivéssemos em um lindo jardim, repleto de flores diversas ! Que tratemos a todos com a mesma delicadeza que tratamos das flores ! Desejamos lindo dia hoje e sempre, repleto de coisas boas ! beijos e carinhos nossos Tânia Sueli

PROFUNDO SONO

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PROFUNDO SONO Aparecido Donizetti Hernandez Durma, durma nesse profundo sono... Sono de incontáveis dias e noites, Durma, durma e quando acordares Não mais verá o brilho do Sol, Sol encoberto pelas espessas nuvens escuras. Durma, durma e quando acordares não verás Mais touradas em Espanha ou baleias no mar. Durma, durma esse profundo sono... E quando acordares, talvez, não mais existirá As verdes florestas abaixo da Linha do Equador. Durma, durma e quando acordares não mais estarei aqui... Durma, durma, e quando acordares Ainda existirá mulheres apedrejadas Pela sandicidade humana.

A VOLTA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez A VOLTA Luiz Eduardo Caminha As folhas do plátano, Douravam o chão da terra, À beira rio. Uma canoa solitária, Um solitário homem, A corredeira levava, O rio, há pouco poluído, Voltava a ter vida, O pescador, voltara. Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

OS POEMAS

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez OS POEMAS Mario Quintana Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão. Eles não tem pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti... Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

NAVEGANDO

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez NAVEGANDO Aparecido Donizetti Hernandez Navego o turbulento barco de minha vida... Turbulento e cismado barco de angústias, Angústias que parecem fazer parte de todas as existências. - Turbulento barco de minha existência - Barco turbulento à procura de águas calmas A fazer contra-ponto aos turbilhões internos de minha alma, Onde encontro tais águas a não ser junto a ti, Que tens o dom de acalmar o turbulento barco de minha vida. Minhas angústias parecem amainar com sua presença, Presença de águas calmas, que geram esperanças Nas angústias de minha alma. Somente você me acalma, Tens o dom de purificar minha alma.

ASSIM COMO AS FOLHAS QUE TREMEM

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Assim Como As Folhas Que Tremem... Delasnieve Daspet Assim, como o sol que se curva a cada manhã; Assim, como as folhas que tremem Com a brisa refrescante; Assim, como um pássaro a céu aberto, Numa ânsia que toma, Assim, no meu silêncio, este lamento. Escrevo no pó da estrada A profunda dor de minha mágoa. E na aridez de minha saudade, Com o canto preso na garganta, Sou a lágrima triste Que pinga sobre tua lembrança! Assim sou, assim sigo Um mero reflexo na janela... Esta mentira é tão real que dá pena, Sem perceber, sou eu mesma, quem vaga, Na multidão que não passa... CAMPO GRANDE MS 31.05.04

CÉU DE SAGITÁRIO

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez CÉU DE SAGITÁRIO Terezinha Manczak Estás em mim, aridez e dilúvio de mil dias. Estou em ti e cada pólo alastra temporais e desertos. Estou em ti, nuvem diluída esbranquiçada de desejo. Estou em ti e aluz difusa de um dia tardio, liquefaz-se em brumas de espasmos e de espantos. Estou em ti e a lua do sol posto em fases de sal e mel, dispersa a melancolia e a rubra face dos ocasos. Estou em ti e parto para onde tudo acaba, como quem nada sabe. Estou em ti e recomeço de outras eras, estrelas que apedrejo e recomponho. Estou em ti, cavalo alado dos invernos e alvoradas. Estou em ti e me descubro entre fim e começo do nada. Estou em ti, treva e calmaria. Estás em mim onde tudo fica e tudo cabe. Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

LUAR DO SERTÃO

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez LUAR DO SERTÃO Catulo Da Paixão Cearense Não há, oh gente oh não, Luar Como esse do sertão. Oh que saudade Do luar da minha terra Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão. Este luar cá da cidade Tão escuro Não tem aquela saudade Do luar lá do sertão. Não há, oh gente... Se a lua nasce Por detrás da verde mata Mais parece um sol de prata Prateando a solidão. E a gente pega Na viola que ponteia E a canção É a lua cheia A nos nascer do coração. Não há, oh gente... Coisa mais bela Neste mundo não existe Do que ouvir-se um galo triste No sertão, se faz luar. Parece até que a alma da lua É que descanta Escondida na garganta Desse galo a soluçar. Não há, oh gente... Ah, quem me dera Que eu morresse lá na serra Abraçado à minha terra E dormindo de uma vez. Ser enterrado Numa grota pequenina Onde à tarde a sururina Chora a sua viuvez. Não há, oh gente

ABSOLUTA AUSÊNCIA

Absoluta Ausência Delasnieve Daspet Oh! Luar da noite, ajuda-me! Eis-me, no entardecer, Caminho já estreito, Deixei-me tomar de repentino, Tardia, enlouquecedora força... Após ler as linhas, Só penso nisso. Já não consigo esconder , Já não camuflo nos ventos que ondulam, O desejo que toma conta. O vento sul, que limpa as nuvens, Bate com insistências as janelas que fechei. Desliguei a TV, não importa, Ferrenha, quero por uma pedra, na fenda... Mas o pensamento, esse matreiro, Me lembra que lá, Dentro d´alma Em todos os momentos Está o sonho que não ouso sonhar! E já rememoro, cheia de saudades, O ritual que agora nego, O sabor que não permito, Que gosto terá o suor, o beijo? E, Lua e Sol que somos, Chegas e saio de cena. Silenciosa, sem calor, Na dolorida madrugada. Ainda assim, sinta-me, sempre, Estarei contigo, no mesmo pensamento, Ainda que em absoluta ausência! * Campo Grande-MS 12-08-05

ROSA AZUL

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ROSA AZUL Daniel (Sergio Apollinario) A rosa é sempre bela De branca a encarnada Mas rosa azul é aquela Que por amor foi pintada

A ÚLTIMA DEUSA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez A ÚLTIMA DEUSA António Castel-Branco Mortos os deuses, ela permanece, não se rendendo ao esquecimento, ou a ser velha, enrugada, infeliz. Antes desprezando isto que se diz, sabe que o seu tempo nunca fenece, e perpetuando este momento, a sua beleza nunca esmorece. Semente da vida, ela enlouquece, quando se vê ferida e destroçada por ávidos homens. Quê? Não ouvis? Sinal dos tempos, o homem contradiz, mas sem recordar que ela não merece, pois mesmo assim triste, magoada, a ninguém recusa a sua benesse. Sinal dos tempos? Qual o tempo dela? Foi antes, agora, será depois? Seu tempo é presente, não envelhece, bom para os homens, de quem não se esquece. Os deuses não morrem, sempre de vela, intemporais, permanecem a dois, tornando esta vida muito mais bela. E seja qual for a forma escolhida, sua presença nos dá alimento, abrigo e calor, carinho e amor. Na

PINTANDO A ALMA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez PINTANDO A ALMA Lucy Bortoni Nazaro Um ontem esquecido na mente trouxe o dia... nova vida pintada cortada colada pensada colorida permitida um hoje conscientemente apareceu finalmente viu o verde herdado preparado manchado e esquecido num repente. Colorido de um vermelho malvado salgado molhado deixado perdido sem sentido não revelado peguei então meus pincéis olhei o azul sem cor de céu e comecei minha tela retirando um imenso véu. O cavalete era o vento que ajudava a trabalhar inspirava a pincelada no seu lento soar sem a pressa dos finitos imaginei começar tinha tudo ali mesmo precisava apenas olhar. Junto ao lado a inspiração compassada batia com o coração bailavam nuvens copadas ao som de uma canção estrelas se juntavam e riam de minhas tintas na vingança colorida as transformei somente em pintas. Anjos e asas e olhos e tronos sem donos se amo

LA BELLA LUNA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez LA BELLA LUNA Hebert Vianna Por mais que eu pense Que eu sinta, que eu fale Tem sempre alguma coisa por dizer Por mais que o mundo dê voltas Em torno do sol, vem a lua me Enlouquecer A noite passada Você veio me ver A noite passada Eu sonhei com você Ó lua de cosmo No céu estampada Permita que eu possa adormecer Quem sabe, de novo nessa madrugada Ela resolva aparecer A noite passada Você veio me ver A noite passada Eu sonhei com você Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

LIBERDADE DE PARTIR

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Liberdade de partir. Delasnieve Daspet Eu podia gritar, Podia mentir, Podia dizer a verdade sem necessidade de camuflar o sentir. Mas... para que? Nada do que faça irá mudar a situação. Quanto mais solta as rédeas Mais pesado é o grilhão. E cansada vago pela terra, Pelos céus, pelos mares, Pelos montes e pelos vales Procuro a dor dourada que consome. E na suave descida Do cinza pálido do alvorecer, Buscando o sonho aprendo, Que o segredo de amar Está muito além do horizonte, É a liberdade de partir ou de perder. DD_12-11-03 - 10,30 hs -Campo Grande MS

TRAZE-ME

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez TRAZE-ME Cecília Meireles Traze-me um pouco das sombras serenas que as nuvens transportam por cima do dia! Um pouco de sombra, apenas, - vê que nem te peço alegria. Traze-me um pouco da alvura dos luares que a noite sustenta no teu coração! A alvura, apenas, dos ares: - vê que nem te peço ilusão. Traze-me um pouco da tua lembrança, aroma perdido, saudade da flor! -Vê que nem te digo - esperança! -Vê que nem sequer sonho - amor! Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

A COR DA TUA ALMA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez A COR DA TUA ALMA Juan Ramón Jiménez Enquanto eu te beijo, o seu rumor nos dá a árvore, que se agita ao sol de ouro que o sol lhe dá ao fugir, fugaz tesouro da árvore que é a árvore de meu amor. Não é fulgor, não é ardor, não é primor o que me dá de ti o que te adoro, com a luz que se afasta; é o ouro, o ouro, é o ouro feito sombra: a tua cor. A cor de tua alma; pois teus olhos vão-se tornando nela, e à medida que o sol troca por seus rubros seus ouros, e tu te fazes pálida e fundida, sai o ouro feito tu de teus dois olhos que me são paz, fé, sol: a minha vida! Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

MEU SONHO

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez MEU SONHO Cecília Meireles Parei as águas do meu sonho para teu rosto se mirar. Mas só a sombra dos meus olhos ficou por cima, a procurar... Os pássaros da madrugada não têm coragem de cantar, vendo o meu sonho interminável e a esperança do meu olhar. Procurei-te em vão pela terra, perto do céu, por sobre o mar. Se não chegas nem pelo sonho, por que insisto em te imaginar? Quando vierem fechar meus olhos, talvez não se deixem fechar. Talvez pensem que o tempo volta, e que vens, se o tempo voltar. Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

DIALÉTICA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez DIALÉTICA Vinícius de Moraes É claro que a vida é boa E a alegria, a única indizível emoção É claro que te acho linda Em ti bendigo o amor das coisas simples É claro que te amo E tenho tudo para ser feliz Mas acontece que eu sou triste... Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

POEMA DESENHADO

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POEMA DESENHADO Mario Quintana No meio da página escrevo por acaso a palavra MENINA e, à sua magia, um caminho abre-se para ela andar E como houvesse brotado a seus pés um arroio espiador, uma ponte estendeu-se para ela atravessar Mas a menina agora parou e do meio da ponte namora encantadamente nas águas a graça inacabada de seu pequenino rosto feito às pressas Às pressas... (nem tive tempo de lhe dar um nome) A vida é assim Meninazinha sem nome... A vida nem da tempo para a Vida! Lilian Regina de Andrade

TIGRE

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Tigre Delasnieve Daspet . Enfrento um tigre que todos os dias. Acorda comigo... Tenho de domar sua ferocidade E viver de maneira saudável. . Competir todos os dias, todas as horas, Em todos os campos, Faz a angustia nascer em nós. Como reagir a insegurança E ao medo que nos atordoa? . Abraço-me ao meu medo Envolvo-me com minhas inseguranças Encaro-os com coragem, Solto o corpo rijo, Abandono os sofrimentos, Sinto a dor até o fim... Vou ao encontro da liberdade! DD _Campo Grande-MS 21.-05.10

HOLOCAUSTO

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HOLOCAUSTO Lairton Trovão de Andrade Os hinos que estão esquecidos, Os dias que mal os vivi, Os sonhos que não os sonhei, Os versos que nunca escrevi... Do fundo do mar o negrume, O hélio apagado do Sol, A Lua coberta de nuvem, O já desbotado arrebol... A triste canção sem o ritmo, A minha poesia sem nome, A feia pintura que eu fiz E o mais infecundo pronome... O eclipse total lá do Sol, O velho que está com pavor, O choro dorido do Iraque, O jovem que não tem amor... O ozônio queimado do céu, A bomba que já explodiu, A prole sozinha sem pai, A boca que nunca sorriu... A Deus ofereço esta dor, - Eu juro, não sou o Caim - Que o Deus do Universo e do Amor Perdoe, por ti, o erro em mim! A mãe que matou seu bebê, O ódio malvado do irmão, A luta sem trégua do lar, Do mundo a violenta paixão... A luz do olhar deste cego, A voz deste mudo cantor... Suspiro de ave sem ninho, Amigo caído com dor... A vil poluição destrutiva, Aquele progresso mortal, A luz apagada da morte, A fúria de um vendav

AGRADEÇO

AGRADEÇO... Delasnieve Daspet Campo Grande MS - 22.02.06 10,35 hs Agradeço, o amor infinito; Agradeço, o amor incomparável; Agradeço, porque pensastes em mim; Agradeço, por que sei que não me deixastes a própria sorte, Porque sei que estas comigo, Não só por hoje, Mas por todo o sempre! Toda vez que eu sorrir, Toda vez que eu chorar, Toda vez que eu me recolher, Toda vez que eu me doar, agradeço! Agradeço! Agradeço a vida, a dignidade, E a certeza de que tudo é possível... Podemos, sim, conviver sem medo, Sem rancor, Em harmonia. Agradeço pelo sol, pela lua, Pelas estrelas, pelo vento, pela chuva, Pelo calor, - que é a vida que transborda! Agradeço, porque creio. Creio na rua chamada Esperança Pela qual caminhamos há tanto tempo! Agradeço, porque acredito no ser humano, Imagem e semelhança do amor... Agradeço, porque acredito na vida, Que célere e quente Circula por minhas veias! Agradeço, pela margarida branca Em céu de sol dourado, Perfume da mata que viceja, Em meus rubros lábios s

VIAJANTE

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Viajante¹ Delasnieve Daspet Sou viajante da eternidade, Meu corpo é mera oficina Onde minh´alma trabalha. . Cheguei de longe... Como planta renasço Do solo profundo. . Viajo ao sabor do vento, No serpentear dos rios, No burburinho das matas, Das taquaras que choram, Das aves que voam, Do gado que rumina, Da paz que busco No fundo do olhar! . Viajo ao encontro De outros seres. Não vou ancorar Na angústia vazia... Utilizo o tempo Em minha própria melhoria. DD_Campo Grande-MS 04.06.10

INSÔNIA

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Insônia³ Delasnieve Daspet Não querem cerrar-se as pálpebras, Magoadas.... O sono não chega. Noite, no mais profundo silêncio, A cerração e a escuridão era tal. Mergulhando em perene penumbra, Imaginei que nunca mais haveria de amanhecer! Como um salgueiro triste, Prendi minhas raízes no solo onde morrerei De saudades... Noite negra, velório de trevas, O vento na face suaviza a ardência, Fustigada pelas lágrimas... Esgoto o cálice – lentamente! DD_Campo Grande – MS – 9.02.10

RIACHO

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RIACHO Aparecido Donizetti Hernandez 21/Julho/2010 – 14h25 Seu temperamento fascinante, temperamento de alma livre, Como livre tem que ser o amor... livre, mas com ardor, Como és livre, não a compreendes os que tentam controlar o seu amor. Alma translúcida de mulher com corpo torneado de curvas sinuosas, A conheci caminhando descalça nas areias brancas à beira do riacho, Riacho de águas claras e límpidas, que refletia o sol de fim de tarde, Criando luzes como na aurora boreal. Luzes que fixaram em minhas retinas A imagem que carrego da primeira vez que a vi, Com seu longo vestido carmim com adereços azuis E fascinante sorriso em seus lábios, Lábios que a primeira vez beijei e nunca mais esqueci. Temperamento fascinante que embeleza meus sonhos, Sonhos de poder todas as noites te ver, E nunca mais te ter À beira do riacho de areias brancas de águas cristalinas... Cristalinas como o ardoroso amor que nutro por ti.

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM VER

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER Luís Vaz de Camões Amor é fogo que arde sem se ver, É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente, É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

LIVROS E FLORES

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez LIVROS E FLORES Machado de Assis Teus olhos são meus livros. Que livro há aí melhor, Em que melhor se leia A página do amor? Flores me são teus lábios. Onde há mais bela flor, Em que melhor se beba O bálsamo do amor? Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

MEUS OITO ANOS

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez MEUS OITO ANOS Casimiro de Abreu Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! Como são belos os dias Do despontar da existência! - Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar - é lago sereno, O céu - um manto azulado, O mundo - um sonho dourado, A vida - um hino d'amor! Que aurora, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingênuo folgar! O céu bordado d'estrelas, A terra de aromas cheia As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar! Oh! dias da minha infância! Oh! meu céu de primavera! Que doce a vida não era Nessa risonha manhã! Em vez das mágoas de agora, Eu tinha nessas delícias De minha mãe as carícias E beijos de minhã irmã! Li

LUX ET LUX

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez "LUX ET LUX" Lairton Trovão de Andrade Há dois mil anos brilha imensa Luz, Gerada pela própria Eternidade; O sacrossanto lume é Deus - Jesus, Revestido com nossa humanidade. Encarnou-se o Deus Onipotente No seio puro e virgem de Maria; Sem essa humildade complacente O Homem-Deus jamais nos nasceria. O homem orgulhoso a si se induz, Fala em Jesus e finge amar Maria; A santa encarnação nos deu Jesus, - Sem a Mulher, do mundo o que seria?! Como consegue alguém amar Jesus, Se não amar a Virgem Mãe, Maria? Se Jesus é razão plena da Luz, Maria é da Luz santa poesia. Homens de fé mostarda. amem Maria! Não receiem o ciúme de Jesus! Sem Maria, Jesus nunca seria O Sal da Terra - nem do mundo a Luz. Presta agora atenção, amigo, e vê: Quem do mundo sua mãe não amaria? Pois, se muito Jesus ama a você, Mais ainda deve Ele amar Maria. Marcas Poéticas -

REALIZANDO UM DESEJO

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez REALIZANDO UM DESEJO Celito Medeiros Lamento não estar bem perto Eu quero lhe oferecer flores Dar um abraço à distância Faz-me sentir bem perto Não se importe também Sinta nesta fragrância Meu abraço, apenas Sabe, foi a vontade Desejo de realizar Perdoe-me em ter Demorado tanto E dando pouco. Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

ANDO À NOITE, À NOITE ANDO...

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez Ando à noite, à noite ando... Delasnieve Daspet Vou andar na noite escutar do vento o cantar, catar conchinhas à beira-mar, à noite vou andar... Andei questionando os raios do luar, se pensas em mim, o tanto que penso em ti... Da primeira aurora, do primeiro raiar de luz, na primeira estrela que brilha, O sonho que sonho sempre, tem o teu cheiro, perfume-orvalho! Na pálida vida que levo, me sinto sufocada, desesperada, saio pela noite, a andar, procurando um mundo real. que não esconda O riso, flor-da-pele, prazer. Ando à noite, à noite ando... Pois a noite pertence ao amante, a noite pertence ao amor. E ao te tomar nos braços, noite infinita, ( que a vida circunda, não passa ), sei o que me espera noite, negra noite que tudo cobre e nada encobre, no momento, no espaço, no verbo, na carne, na vida, que não somos! Marcas Poéticas - direito autoral

PINCELADAS

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez PINCELADAS Luciano Caminha Traços cada vez mais definidos, De um esboço que já era digno de uma moldura simples e abstrata, Nossas cores e formas se misturando, E pela janela do quarto eu já não vejo somente o mundo, Mas o mundo com essas sinceras e espontâneas, Pinceladas dos nossos passos lado a lado. Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

BUSCA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez BUSCA Célia Lamounier de Araújo Criado de uma idéia, o ser nasce no mundo vindo da Luz livre para buscar, não só estrelas, mas no fundo da alma os momentos que ficaram de pessoas, não fatos, só a fantasia criada pela imagem que passou só a impressão, a beleza do verso escrito que marcou, da música forte que se fez caminho e levemente qual borboleta se desprendeu melodia do inconsciente da alma num pensamento cresceu e voando vai te encontrar. Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade