ALAVORADA

ALVORADA


Cai a noite
A sombra ilumina nosso chão
O orvalho molha a relva
Que esta noite me serve como colchão

Ontem houve desgraça
O fogo incendiou nossa casa
Tu havia previsto na carta
Que eu partiria,deixando minha raça

Mas meu coração fugiu antes de mim
Foi morar com a paya que conheci
Não podia mais viver assim
E decidi que era hora de partir

Mas agora que estou longe percebi
Que sozinho neste mundo não sou ninguem
Pedaço de uma árvore que consenti
Ser arrancada do tronco por alguem


E agora o que é de mim?
O orgulho me condena
Gostaria de poder voltar assim
Carregando nos braços minha pequena

Pois hoje tenho uma filha
Fruto de um amor traiçoeiro
Pois a mãe não me deixou escolha
E abandonou-a ao lado do meu travesseiro

Peço a Deus que a abençõe
Pois no acampamento vou deixa-la
Ficar contigo não posso
Mas rogo a alguem que possa ampara-la





Jade Camargo pelo espírito de SERGUEI


(psicografada em Março de 2004)

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