MEUS VERSOS MORREM
Sá de Freitas


A noite escreve um poema de estrelas,
Na página do Espaço,
Como se quisesse alegrar a lua,
Que vaga triste a procura do sol.
A Terra adormece, mas o povo não para
E nas cidades as luzes se acendem,
Procurando dar vida aos que andam pelas ruas
E não olham para cima.
Mas eu, poeta, ignoro as lâmpadas
E namoro o brilho do alto,
Vagando a procura de um verso
Que fale de paz.
Mas de lá onde estou, nas alturas,
Ouço os rumores das guerras,
Sinto o cheiro fétido dos crimes
E sinto a frieza do desamor,
Que congela a bondade,
Aniquila a fé
E animaliza os homens...
Mas preciso voltar
Para apenas contemplar o céu estrelado
E aí, meus versos morrem.

Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil

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